A demanda por produtos lácteos dos mercados emergentes deverá continuar direcionando as exportações da União Europeia (UE) e sustentar os preços das commodities nos próximos anos, de acordo com um relatório da Comissão Euro
Nos últimos anos, a indústria de lácteos europeia aumentou seu foco nos mercados emergentes. O crescimento da classe média nos mercados como China – e o aumento da renda disponível como consequência – tem sido a força direcionadora por trás do maior consumo global de lácteos e da demanda.
O relatório também diz que, entre 2012 e 2022, os melhores resultados de exportações deverão vir das categorias de queijos e leite em pó desnatado, que deverão expandir em dois terços e triplicar, respectivamente. Em ambos os casos, sua participação nas exportações mundiais totais aumentarão para 32%. Já as exportações de manteiga e leite em pó integral deverão cair, devido à “maior dinamicidade de outros países exportadores”.
Apesar do contínuo crescimento na demanda das nações emergentes como a China, a cota de produção de leite da UE deverá ficar “subutilizada” nos próximos dois anos. O sistema de cotas de produção de leite foi introduzido em 1984 para resolver o problema de excesso de produção na região. Esse sistema será abolido em abril de 2015. Um aumento gradual na cota de 1% por ano foi instituído nesse meio tempo.
O relatório da Comissão Europeia afirma que, em 2014 – um ano antes das cotas serem abolidas -, a produção de leite na UE será de 8,3 milhões de toneladas (6%), menos que no nível total das cotas. “As atuais projeções mostram que a produção de leite da UE não será capaz de acompanhar o aumento anual nas cotas durante o período de retirada, levando a um firme declínio na utilização das mesmas a nível agregado na UE”.
A reportagem é do Dairy Reporter, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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