Leite apresenta inovações em embalagens

Leite apresenta inovações em embalagens
Quando se fala em inovações no setor lácteo, logo se pensa em desenvolvimento de novos produtos. Embora a inovação em produtos seja de fato relevante, muitas vezes a tecnologia de ruptura, que tem o poder de mudar o mercado, vem do segmento de embalagens.
No Brasil, por exemplo, quando as embalagens cartonadas surgiram no mercado, em companhia da tecnologia do processamento térmico de ultrapasteurização - mais conhecido por UHT -, permitiu-se que o leite fosse distribuído em distâncias crescentes dos centros de produção, mudando de forma definitiva o mapa de produção de leite no país. Desta forma, regiões produtoras tradicionais, como o leste de São Paulo, o Sul de Minas e o Rio de Janeiro, que tinham praticamente uma segura reserva de mercado, já que o leite não poderia vir de longe, perderam espaço para novas regiões, como o Centro-Oeste, o Oeste de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, e o Sul do país.

Com o desenvolvimento das embalagens cartonadas, as indústrias de alimentos registraram uma mudança extraordinária na distribuição dos seus produtos. Para os laticínios, mais precisamente para o leite UHT, foi esse tipo de embalagem que promoveu proteção suficiente a ponto de garantir a manutenção da qualidade, por um longo prazo, sem a necessidade de refrigeração e uso de conservantes.

Contudo, a ultrapasteurização também verifica novidades, tanto no segmento de embalagens cartonadas, como também pela utilização de outros materiais que garantem a preservação sem a necessidade de refrigeração. Entre as novidades, estão as embalagens PET que, apesar de representarem uma fração pequena do mercado de UHT (não há dados oficiais disponíveis sobre isso), ao menos mudaram o visual das gôndolas de leite nos supermercados, antes totalmente dominadas pelas cartonadas.

Nesse sentido, utilizar uma embalagem para leite longa vida que se diferenciasse das cartonadas assépticas foi um dos pontos priorizados pela Shefa, indústria de leite do interior de São Paulo, e pela Leitíssimo, no oeste da Bahia, no desenvolvimento de suas novas garrafas. O objetivo era que, diante da concorrência e as constantes alterações de exigências dos consumidores, pudessem garantir um melhor posicionamento no mercado. Fábio Salik, da Logoplaste – multinacional de origem portuguesa que está no Brasil desde 1990 e responsável pela fabricação das garrafas PET da Shefa - diz que é fácil perceber no ponto de venda a boa aceitação do produto. Segundo ele, o design do frasco remete as antigas garrafas de vidro, o que facilita a aceitação pelo consumidor

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